segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Segredos da Biblia, os Rivais de Jesus

Nesse documentário muito interessante vemos uma confirmação do que é dito no Zeitgeist (vídeo devastador de Peter Joseph que denuncia as conspirações Religiosas, Governamentais e econômicas)
http://video.google.com/videoplay?doc...

Aqui o canal por assinatura National Geographic fundamenta ainda mais essas evidencias que já eram bastante conhecidas e discutidas entre os estudiosos, mas pouco divulgadas ao publico num geral...

Será que as bases de todas as religiões alienantes tais como o cristianismo, Islamismo, Judaísmo são feitas de areia? Jesus realmente existiu, ou é apenas uma ficção, uma concha de retalhos feita a partir de varias histórias de figuras reais que existiram no passado?

Foi o cristianismo criado e divulgado por Roma apenas por puro interesse político e financeiro?


















O documentário dá mesmo o que pensar, entretanto, no meu entendimento Jesus existiu históricamente.
GURIA-POARS

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Desmate faz nuvem "seca" proliferar na Amazônia

AFRA BALAZINA

Um estudo que monitorou os tipos de nuvens que cobrem a floresta amazônica mostra que o desmatamento parece estar causando tanto alterações na terra quanto no céu. Usando imagens de satélites e dados obtidos por balões meteorológicos, cientistas brasileiros e norte-americanos comprovaram a teoria de que a derrubada de árvores favorece a formação de nuvens "rasas", em contraposição a nuvens "profundas", mais chuvosas.

A conclusão ocorreu após análise de imagens e informações de Rondônia. O novo estudo ajuda a explicar por que o desmatamento faz a floresta ficar mais seca e corrobora com os estudos que preveem a conversão da Amazônia em savana.

"No momento em que temos uma floresta que retém bastante água, temos um ciclo da água, um ciclo de energia. Quando retiramos a floresta e a cobertura vegetal, mudamos esse ciclo. Certamente vai se criar outro cenário climático na região", afirma o meteorologista Luiz Augusto Machado, um dos autores do estudo. Ele é pesquisador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O trabalho foi publicado ontem na revista "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA. O climatologista do Inpe Carlos Nobre, que não participou da pesquisa, diz que "uma generalização destes resultados vai na direção de apoiar a hipótese de savanização". Mesmo não sendo possível afirmar ainda que isso vale para toda a Amazônia, Nobre diz que os resultados "são fisicamente consistentes e indicam que as chuvas poderiam diminuir com o aumento do desmatamento".

Segundo Machado, a brasileira Elen Cutrim foi, em 1995, uma das primeiras a descrever esse fato de forma empírica e artesanal. "Agora, comprovamos com uma longa série de dados o estudo dela", disse.

Rafael Bras, da Universidade da Califórnia em Irvine, coautor do estudo, explicou o fenômeno em e-mail . Segundo ele, nuvens rasas sobre desmatamentos ocorrem por mudanças na convecção, o movimento de massa de ar por diferença de calor --mesmo princípio físico que faz um balão de ar quente subir.

Oceano verde

"Se a região de desmatamento aumentar, a intensidade desta circulação pode diminuir e, mais importante, ficar mais seca e limitar o desenvolvimento de precipitação sobre a floresta", diz Bras. "No artigo, nós chamamos isso de "efeito do oceano verde".

Para ele, a floresta funciona como um oceano fornecendo vapor d'água para alimentar nuvens profundas. "Se o "oceano" desaparecer, o vapor d'água, a energia e a precipitação também desaparecem", diz.

Jingfeng Wang, coautor do estudo ligado ao MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), diz que o tamanho e forma da terra desmatada influenciam na possibilidade de recuperação da floresta. "O que não sabemos é quanto desmatamento é demais para que o "oceano verde" entre em colapso e suma para sempre", diz.

Enio Pereira de Souza, professor da Universidade Federal de Campina Grande, diz que o estudo confirma resultados de pesquisa que ele realizou há dez anos. Ele é ex-colaborador de Nilton Rennó, da Universidade de Michigan, um dos autores do estudo na "PNAS".

Souza conta que, na época, os estudos que indicavam o aumento das nuvens rasas sobre regiões desmatadas não eram muito aceitos por falta de provas. Segundo ele, sempre se deu mais importância às nuvens profundas. Mas agora, diz, o mapeamento das nuvens rasas se tornou "central na compreensão de todo esse mecanismo ligado à troca de energia entre a superfície e a atmosfera e como isso se relaciona com o clima global e eventos extremos de precipitação".

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Cientista quer cidades claras para combater aquecimento

Um cientista americano realiza uma campanha para que grandes cidades do mundo sejam "resfriadas" - ou seja, cobertas com materiais de cores claras - de forma a combater o aquecimento global.

Em entrevista à BBC Brasil, Hashem Akbari, do Lawrence Berkeley National Laboratory, na California, afirmou que, se esse recurso for utilizado por habitantes das grandes cidades do planeta, o processo de aquecimento global pode ser retardado, dando tempo à humanidade na busca de soluções para diminuir as emissões de carbono.

Akbari diz que o Brasil, particularmente, teria muito a ganhar se aderisse à campanha - batizada de "Cool Cities Program" (em tradução livre, Programa Cidades Frescas).

"O Brasil é o país ideal para a adoção dessas medidas e espero recrutar São Paulo e Rio para aderir ao programa".

"Prédios com ar condicionado cujos telhados fossem adaptados (usando materiais que reflitam a luz) poderiam economizar energia e prédios sem ar condicionado se tornariam mais confortáveis", diz o cientista. "Tudo isso foi provado a partir de simulação em computador."

"Telhados e calçadas frescos tornariam cidades como Rio e São Paulo mais confortáveis de maneira geral", acrescenta. "Isso motivaria os cidadãos a caminhar mais, e as temperaturas mais baixas melhorariam a qualidade do ar urbano."

"E sendo um país onde faz calor o ano todo, o Brasil poderia contribuir muito para combater o aquecimento global. Dez metros quadrados de telhados ou calçadas frescos cancelam o equivalente a emissões de uma tonelada de CO2."

Estudos

Akbari e mais dois colegas publicaram um artigo na revista científica Climatic Change que avalia o impacto do uso de materiais refletores de luz em telhados de prédios na redução de gastos com ar condicionado.

Vários estudos do tipo tem indicado que prédios com telhados claros ficam mais frescos no verão.

Isso ocorre porque a mudança na cor aumenta a reflexão da radiação solar e reduz o acúmulo de calor em áreas construídas - um fenômeno conhecido como "ilha de calor urbano" - e permite que as pessoas vivam e trabalhem dentro das construções sem ligar o ar condicionado.

Em 2005, o governo da Califórnia, nos Estados Unidos, criou leis que obrigam armazéns e prédios comerciais com telhados planos a cobri-los de branco.

Cidades ocupam cerca de 2,4% das terras do planeta, e por volta de metade desse território está coberta por ruas e telhados.

Akbari calcula que cobrir essas superfícies de branco - ou de materiais de cores claras - aumentaria a quantidade de luz solar refletida pelo planeta em 0,03%, o que equivaleria a cancelar o aquecimento global produzido por 44 bilhões de toneladas de carbono.

"Vamos supor que, com uma varinha mágica, nós resfriássemos todas as cidades do planeta (usando materiais refletores de luz)", imagina Akbari. "Isso produziria um resfriamento no planeta que seria equivalente à não emissão de 44 gigatons de CO2."

Os cálculos levam em consideração um aumento nos gastos com aquecimento durante o inverno. E também uma certa perda de reflexão nos materiais com o passar do tempo.

"Esse resultado faz um balanço entre a redução na temperatura e a não emissão de CO2".

O cientista calcula que isso seria o equivalente a atrasar em dez anos o aumento previsto nas emissões de carbono do planeta.

Críticas

A proposta de Akbari é baseada em um princípio simples de Física: cores escuras absorvem a luz do Sol e a devolvem em forma de energia térmica, contribuindo para o efeito estufa.

Os críticos da ideia dizem que ela não resolve o problema principal, ou seja, o aumento vertiginoso nas emissões de carbono pelos habitantes do planeta.

Em entrevista à BBC Brasil, Akbari enfatiza que seu objetivo não é substituir os esforços para cortar as emissões e, sim, operar paralelamente a eles.

"Essa técnica, em particular, vem sendo usada, com resultados comprovados, por países mediterrâneos há milhares de anos", afirmou.

"Essa não é uma solução perfeita. O problema do aquecimento global tem de ser resolvido por medidas que levem a emissões zero de gases que causam o efeito estufa e, mais adiante, por medidas que consigam trazer parte dos gases já emitidos de volta para a Terra".

Akbari diz que a ideia é oferecer ao planeta tempo para tomar fôlego enquanto outras medidas são negociadas. O cientista acrescenta que não vê um ponto fraco na ideia. Para ele, o programa beneficia a todos e não são necessárias grandes negociações para fazê-lo acontecer.

sábado, fevereiro 14, 2009

ILHA DAS FLORES

Um ácido e divertido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho.

Documentário de Jorge Furtado
You Tube TV - http://yttv.blogspot.com
Categoria: Pessoas e blogs



Aquecimento Global - Nossa Realidade

O objetivo do vídeo é mostrar nossa realidade, o caos que o aquecimento global está causando e que vai agravar continuamente se ficarmos parados.
Vídeo todo editado por mim, elaborado com a ajuda do meu grupo da faculdade.
Algumas fotos do início são minhas, outras eu retirei de pesquisas no Google, alguns trechos de vídeo eu extraí de um dvd do Greenpeace, outros eu filmei da TV (filmei mesmo).
Fizemos esse vídeo para apresentar em um seminário sobre clima, na disciplina Cidadania e Meio Ambiente no segundo semestre do curso.
Muita gente anda perguntando de onde somos... somos de Recife!!! Cursamos o 5º período do curso de Publicidade e Propaganda.
Após diversos pedidos de envio do vídeo, aqui está o link para o download:
http://rapidshare.com/files/31161959/...
Clique em Free, espere a contagem do tempo, digite o texto de segurança e baixe-o.
O arquivo está compactado em RAR, portanto, descompacte-o e boa sorte em seus trabalhos e apresentações. = )
Categoria:  Educação


quarta-feira, fevereiro 11, 2009

ONU cogita realizar cúpula sobre mudança climática em até dois meses

O secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon, revelou na terça-feira (10) que estuda a possibilidade de convocar nos próximos dois meses uma cúpula sobre a mudança climática na sede do organismo, em Nova York.

Ki-Moon disse que o encontro poderia iniciar o estímulo aos países na busca um novo acordo global para reduzir as emissões de gases poluentes, que será estudado na Conferência Internacional sobre Mudança Climática, que acontece em dezembro na Dinamarca.

"Precisamos do envolvimento dos governos no mais alto nível", disse o secretário-geral em entrevista coletiva.

Caso o evento ocorra, a expectativa é a de que um dos palestrantes seja o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Ele faria sua primeira visita à sede das Nações Unidas desde que tomou posse, em janeiro. "Estamos em meio às consultas com os países participantes e certamente a presença do presidente Obama seria crucial", disse.

O secretário-geral da ONU pediu aos EUA, China, Índia e à União Europeia (UE), principais emissores de gases poluentes, que mostrem uma postura séria ao tratar do assunto.

"Não há tempo a perder", afirmou, lembrando que a conferência de dezembro tem que resultar em um acordo que substitua o Protocolo de Kyoto.

Ki-Moon confirmou que a mudança climática será o principal assunto da tradicional cúpula feita pelo organismo em setembro, coincidindo com a abertura do novo período de sessões da Assembleia Geral.

sábado, fevereiro 07, 2009

Aumento do nível do mar pode ser 25% maior que o esperado, diz estudo

da Efe, em Washington

O aquecimento global pode derreter a calota de gelo na Antártida ocidental e causar inundações no litoral da América do Norte e nas nações do Oceano Índico, segundo um artigo publicado pela revista "Science".

Cientistas da Universidade Estadual do Oregon (EUA) descobriram que, se as previsões sobre o derretimento da camada de gelo da Antártida ocidental se confirmarem, o aumento do nível do mar será maior que o esperado.

Segundo pesquisas do grupo liderado pelo geofísico Jerry Mitrovica, pela física Natalya Gómez e pelo geocientista Peter Clark, os oceanos podem subir 25% mais do que o esperado, o que causaria grande impacto em cidades litorâneas como Nova York e Washington.

Até pouco tempo atrás, achava-se que o fim do gelo antártico faria o nível do mar subir cinco metros, disse Mitrovica, diretor do Programa de Evolução de Sistemas da Terra no Instituto Canadense de Pesquisas Avançadas.

Esses cálculos, explicou, foram feitos transformando o volume total da calota de gelo em água e considerando que a água derretida se distribuiria por igual no mundo todo.

No entanto, segundo os pesquisadores, esta é uma estimativa simplista, que não leva em conta outros efeitos fundamentais.

Força gravitacional

Em primeiro lugar, quando uma placa de gelo derrete, perde sua força gravitacional e faz com que a água se afaste.

Sendo assim, quando uma calota de gelo se funde, o volume de água diminui em um raio de 2.000 quilômetros e, consequentemente, aumenta progressivamente nas áreas mais afastadas.

"Se a placa de gelo no oeste antártico derreter, o nível do mar perto da Antártida diminuirá, mas aumentará muito mais do que o esperado no hemisfério Norte, por causa deste efeito gravitacional", explicou o especialista.

O estudo, que será publicado em 6 de fevereiro pela revista 'Science', acrescenta que um dos fatores ignorados nas outras simulações é o buraco que ficará no solo rochoso sobre o qual a placa se sustenta.

Os cientistas dizem que primeiro ele se encherá de água. Mas preveem que, depois que o gelo desaparecer, o buraco diminuirá de tamanho, empurrando parte da água em seu interior de volta para o mar, contribuindo para aumento do nível dos oceanos.

Os autores do artigo dizem ainda que, se desaparecer totalmente, a placa de gelo causará uma mudança no eixo de rotação da Terra.

Deslocamento de águas

Esta mudança provocaria um deslocamento na água dos oceanos Atlântico e Pacífico, do sul para o norte, o que afetaria as áreas da América do Norte e do Oceano Índico meridional.

"O efeito de todos estes processos é que, se a placa de gelo da Antártida ocidental derreter, o aumento no nível do mar em muitas regiões litorâneas será pelo menos 25% maior que o esperado", alertou Mitrovica.

Isto se traduziria em um aumento de seis a sete metros do nível do mar, "uma grande quantidade de água adicional, sobretudo ao redor de áreas urbanas como Washington DC, Nova York e a costa da Califórnia", disse.

A comunidade científica ainda está debatendo que quantidade de gelo desapareceria se a placa ocidental derretesse, mas segundo o cientista, aconteça o que acontecer, "o trabalho comprova que o aumento do nível do mar que se produz em muitas zonas litorâneas povoadas seria muito maior" do que o indicado pelas primeiras estimativas.

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Google trabalha em ferramenta global para vigiar desmatamento

Objetivo é fortalecer programas de conservação em todo o planeta. Chamada inicialmente de Google Forest, novidade foi anunciada no Inpe.


Desmatamento na região amazônica de Mato Grosso

O gigante de buscas Google está empenhado em criar uma ferramenta inédita para monitorar a conservação de florestas de todo o planeta.

A revelação foi feita nesta sexta-feira (6) por uma representante da empresa em reunião científica no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP). A proposta é integrar bases de imagens de satélite e diferentes tecnologias de monitoramento para que os países interessados possam usá-las livremente.

O objetivo inicial da ferramenta é ser usado para calcular a quantidade de carbono contida nas florestas. Com isso, ela poderá ser usada em programas de conservação baseados em um sistema, ainda em negociação, pelo qual os países poderão receber dinheiro para manterem suas florestas em pé. Este sistema é chamado pelos especialistas de Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação).

O carbono que forma as árvores, quando liberado para a atmosfera com queimadas, por exemplo, contribui para o aquecimento global. Este é um importante fator para se combater o desmatamento.

Por meio das imagens de satélite, os cientistas esperam poder calcular quanto carbono há na floresta em pé e quanto foi liberado para a atmosfera pelo desmatamento.

O projeto do Google foi apresentado por Rebecca Moore, que gerencia um programa chamado Google Earth Outreach. Essa iniciativa ajuda ONGs e comunidades locais a usar ferramentas de mapeamento e a combater problemas ambientais. Especialistas de mais de 30 países participaram da reunião em que a gerente do Google fez o anúncio.

O Brasil tem a tecnologia mais avançada no campo de detecção de desmatamento por satélite, mas outros países, em especial os mais pobres, muitas vezes sequer têm acesso a imagens de satélite de seu território.

Moore pediu aos cientistas presentes que ajudem no desenvolvimento da ferramenta. Ela ressaltou que o projeto ainda está em estágio inicial. Mesmo assim, disse que espera “ter um protótipo ainda este ano”. Um provável nome para a ferramenta é Google Forest.

A ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que acompanha o desmatamento na região amazônica, está envolvida na iniciativa. A ideia da ferramenta surgiu em uma oficina realizada em Brasília, em junho, conta Carlos Souza Júnior, secretário-executivo da organização. “Pensamos que o Google poderia ajudar porque um dos maiores problemas que enfrentamos nesta área é ter que lidar com um volume brutal de dados”, explica.

Google trabalha em ferramenta global para vigiar desmatamento

Objetivo é fortalecer programas de conservação em todo o planeta. Chamada inicialmente de Google Forest, novidade foi anunciada no Inpe.


Desmatamento na região amazônica de Mato Grosso

O gigante de buscas Google está empenhado em criar uma ferramenta inédita para monitorar a conservação de florestas de todo o planeta.

A revelação foi feita nesta sexta-feira (6) por uma representante da empresa em reunião científica no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP). A proposta é integrar bases de imagens de satélite e diferentes tecnologias de monitoramento para que os países interessados possam usá-las livremente.

O objetivo inicial da ferramenta é ser usado para calcular a quantidade de carbono contida nas florestas. Com isso, ela poderá ser usada em programas de conservação baseados em um sistema, ainda em negociação, pelo qual os países poderão receber dinheiro para manterem suas florestas em pé. Este sistema é chamado pelos especialistas de Redd (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação).

O carbono que forma as árvores, quando liberado para a atmosfera com queimadas, por exemplo, contribui para o aquecimento global. Este é um importante fator para se combater o desmatamento.

Por meio das imagens de satélite, os cientistas esperam poder calcular quanto carbono há na floresta em pé e quanto foi liberado para a atmosfera pelo desmatamento.

O projeto do Google foi apresentado por Rebecca Moore, que gerencia um programa chamado Google Earth Outreach. Essa iniciativa ajuda ONGs e comunidades locais a usar ferramentas de mapeamento e a combater problemas ambientais. Especialistas de mais de 30 países participaram da reunião em que a gerente do Google fez o anúncio.

O Brasil tem a tecnologia mais avançada no campo de detecção de desmatamento por satélite, mas outros países, em especial os mais pobres, muitas vezes sequer têm acesso a imagens de satélite de seu território.

Moore pediu aos cientistas presentes que ajudem no desenvolvimento da ferramenta. Ela ressaltou que o projeto ainda está em estágio inicial. Mesmo assim, disse que espera “ter um protótipo ainda este ano”. Um provável nome para a ferramenta é Google Forest.

A ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que acompanha o desmatamento na região amazônica, está envolvida na iniciativa. A ideia da ferramenta surgiu em uma oficina realizada em Brasília, em junho, conta Carlos Souza Júnior, secretário-executivo da organização. “Pensamos que o Google poderia ajudar porque um dos maiores problemas que enfrentamos nesta área é ter que lidar com um volume brutal de dados”, explica.

Política doméstica pode afetar luta climática, alerta ONU

Um novo tratado climático global pode ser impossível caso os políticos não deixem de lado suas preocupações eleitorais domésticas, disse nesta quinta-feira (5) o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, para quem a crise econômica mundial deve dificultar a adoção de medidas impopulares.

"A primeira prioridade (dos políticos) talvez seja antes de mais nada se eleger, seja qual for o caso", disse Ban numa conferência sobre desenvolvimento sustentável em Nova Délhi. "Mas eles devem superar isso e olhar além dessa liderança política pessoal. Têm de demonstrar sua liderança como líder global."

"Para os líderes políticos, sempre há claramente alguns riscos políticos que eles querem evitar", acrescentou o sul-coreano.

Muitos países - ricos e pobres - estão revendo suas metas de redução das emissões de gases do efeito estufa, num momento em que as preocupações econômicas imediatas ofuscam a luta contra a mudança climática.

Em países como a Índia, quarto maior poluidor do mundo, a mudança climática mal aparece nos programas partidários e nas campanhas eleitorais.

Em dezembro, em Copenhague, cerca de 190 países devem se reunir para tentar aprovar um novo tratado climático internacional, para vigorar a partir de 2013, substituindo o atual Protocolo de Kyoto.

"Temos de examinar todas as questões geracionais. Portanto, por favor, olhem além das suas preocupações domésticas e olhem para o futuro", disse Ban, acrescentando que o sucesso de Copenhague depende de como as lideranças políticas reagirão a três importantes desafios.

"Primeiro, Copenhague deve esclarecer os compromissos dos países desenvolvidos em reduzirem suas emissões, mas estabelecendo metas intermediárias ambiciosas, com bases críveis."

"Devemos também ter clareza sobre quais ações de mitigação os países em desenvolvimento estarão preparados para realizar. Terceiro, os governos e também o sistema da ONU devem criar soluções críveis para a administração dos novos fundos (para o combate às mudanças climáticas), e sua resposta em termos de implementação." (Fonte: Estadão Online)

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Jogar lixo de colheitas no fundo do mar pode combater aquecimento global

Henry Fountain Do 'New York Times'

Ideia é simples demais, mas funcionaria, segundo pesquisa americana. Restos contém carbono, que ficaria armazenado no fundo do oceano.

O enterro de dejetos de colheita pode ser mais eficiente em sequestrar carbono do que outros métodos.

Uma das principais ideias para combater o aquecimento global é remover permanentemente parte do dióxido de carbono se formando na atmosfera.

Aqui está um modo de fazer isso: afundar grande parte do lixo agrícola do mundo todo.

Plantas retiram CO2 do ar através da fotossíntese, incorporando o carbono em seu tecido. Então, desfazer-se de talos de milho, palha de trigo e outros resíduos de colheitas nas profundezas do oceano, onde o frio e a falta de oxigênio evitariam a decomposição, poderia efetivamente isolar o CO2 atmosférico numa escala de tempo milenar.

Em um mundo que celebra a alta tecnologia, a ideia soa simples demais para dar certo. No entanto, Stuart E. Strand, da Universidade de Washington, e Gregory Benford, da Universidade da Califórnia, em Irvine, concluíram que o armazenamento de resíduos agrícolas faria mais sentido que outras propostas de sequestro de carbono, incluindo o armazenamento de gás, o sequestro diretamente no solo, o plantio de mais florestas para consumir mais CO2 e a fertilização dos oceanos para estimular um maior crescimento de algas. Suas descobertas estão publicadas no periódico científico "Environmental Science and Technology".

Os pesquisadores calcularam que o enterro de resíduos agrícolas seria mais eficiente que outros métodos e poderia ser adotado mais cedo, em parte por permitir o uso de tecnologias e infraestruturas existentes. Os talos poderiam ser empacotados nos campos, transportados aos portos e carregados em barcos para serem jogados em águas profundas. Os pesquisadores sugerem que qualquer impacto ambiental poderia ser minimizado concentrando-se o lixo em apenas uma região.

Eles estimam que a agricultura em escala mundial produz tantos resíduos que, ao jogá-los no oceano, seria possível reduzir em 15% o acúmulo global anual de CO2.

Tempestade de neve provoca o caos em Londres

Uma tempestade de neve na madrugada desta segunda-feira na Inglaterra causou o fechamento do aeroporto Heathrow, em Londres, além das principais linhas de metrô e ônibus no sul da cidade. Segundo a empresária brasileira Denise Richefond, moradora de West Hampstead, em Londres, a situação é de caos.

Neve provoca o fechamento do aeroporto e impede circulação de ônibus em Londres

"Londres está parada. Todos as lojas da cidade estão fechadas. Não há ônibus, não há metrô e nem carros nas ruas. As pessoas não conseguem sair de casa e a neve ultrapassa 25 centímetros", afirma Denise Richefond.

A temperatura na cidade é de dois graus Celsius negativos, mas com sensação térmica de seis graus negativos.

"Os jardins estão cheios de neve. As pessoas estão assustadas porque há anos não ocorre nada semelhante. Todo mundo está com medo de dirigir por causa da neve. Vou ter que fechar a minha loja nesta segunda-feira porque não há condições de sair de casa", informa a Denise.

Segundo autoridades, a tempestade causou o cancelamento de ao menos 250 voos no aeroporto de Heathrow, que transporta mais de 180 mil passageiros por dia. Outras regiões do país, incluindo o leste da Inglaterra também estão sofrendo com a chuva. De acordo com o governo, a última grande tempestade de neve ocorreu no início dos anos 90.

Com medo de acidentes, moradores evitam dirigir e acabam presos em casa por falta de transporte público em Londres, diz brasileira

Dezenas de comerciantes estão sendo alertados a manterem as portas fechadas nesta segunda-feira e as escolas suspenderam as aulas por tempo indeterminado. Os ônibus da cidade que transportam cerca de seis milhões de pessoas por dia também estão parados, devido ao excesso de neve nas ruas.

As linhas ao redor de Londres também suspenderam os serviços. A expectativa é que a onda de frio continue nos próximos dias no país. As agências de segurança de Londres têm aconselhado os moradores a saírem de casa somente em casos de emergência e a dirigirem com extrema precaução.