O psicoterapeuta Flávio Gikovate, autor do livro Uma nova visão do amor (MG Editores), participou do programa Mais Você (TV Globo), na sexta-feira, dia 10 de julho.
A apresentadora Ana Maria Braga conversou com Gikovate sobre o porquê de algumas mulheres escolherem sempre os homens errados. Em seu livro, ele propõe uma nova maneira de enxergar a relação entre duas pessoas, apontando a vaidade como um dos principais obstáculos à felicidade e mostrando que o uso da razão é um dos caminhos para viver plenamente o amor. Para assistir o programa, veja o vídeo no final da página.
Partindo de considerações pessoais muito peculiares, sempre apoiadas em sua experiência clínica de mais de quarenta anos, Gikovate parte do princípio de que o amor, por ser considerado o mais nobre dos sentimentos, raramente é associado a elementos negativos, o que impede uma reflexão crítica sobre ele.
Por isso, Gikovate apresenta novas formas de relacionamento, baseadas na consciência de que somos seres plenos e não apenas metades em busca de complemento. “O amor dito ‘romântico’ é imaturo e regressivo e não condiz com uma relação de boa qualidade. O amor é um sentimento que temos pela pessoa cuja presença provoca em nós a sensação de paz e aconchego que perdemos ao nascer. A mãe é o nosso primeiro objeto de amor. Quando crescemos e nos tornamos independentes, queremos nos entreter com outras coisas, mas, vez por outra, nos sentimos inseguros e corremos atrás do aconchego físico materno. Portanto, o amor é o sentimento que se tem pela pessoa com a qual você supre a sensação de desamparo, de incompletude. Mas essa sensação de que falta alguma coisa não pode ser preenchida por outra pessoa. Temos de nos resolver interiormenteantes de nos unir a alguém”, afirma o autor.
Gikovate acredita que a maioria das pessoas gosta mais de sonhar com o amor do que viver uma relação correspondida para valer. Alguns amam sem ser amados. Outros são amados, mas não amam. Poucos amam e são amados da mesma forma. “Parece que boa parte das pessoas tem dentro de si um grande medo do amor, medo que predomina sobre o desejo. Assim, prevalece o medo de perder a individualidade e, principalmente, o medo da felicidade”, diz.
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