terça-feira, novembro 24, 2009

Ressonância Schumann


Este texto já deu voltas pela internet e até existe quem o rechace completamente. Um conhecido meu, disse que o fato de acharmos que o tempo está passando rápido demais é porque estamos envelhecendo (risos), dizia ele: "minha avó sente e pensa assim, mas é porque ela já é velha".



Talvez não tenha se dado conta que todos estamos envelhecendo. 
O conceito de velho e novo, assim como tudo neste mundo é relativo! 
Ao colocarmos a cara neste mundo, nossas células já entram num processo de contagem regressiva. Então o que é algo velho? 
O cérebro envelhece certamente, mas e os pensamentos? 
Krishnamurti, diz que pensamentos são memórias, portanto é passado. 
O pensamento é fruto do nosso cérebro físico. 
Algo passado então é algo velho, que passou, não é mais presente,nem atual. É aceitável.
Se analisarmos pelo aspecto da matéria, tudo bem, envelhecemos, mas será que nossos sentidos, nossa sensibilidade também entram em decrepitude? Não digo os sentidos ligados a matéria e ao cérebro (tato, audição, visão, olfato e paladar), estes envelhecem ou até nascemos com alguns sentidos comprometidos.  
O caso é que confundimos tudo isso com o que há mais além destes sentidos básicos, ou melhor dizendo, estes são os acessórios necessários a manifestação física. 
Valorizamos os acessórios e esquecemos do principal, a nossa parte divina, o nosso sentir espiritual. Esquecemos que um dia já estivemos mais próximos desta terra, vivendo de uma forma mais natural, onde a comunicação se dá através do "sentir" e não do verbal (espírito x matéria). Querendo ou não, fazemos parte da natureza deste planeta, só que esquecemos disso, nos distanciamos, tal como fazemos com nossa parte divina. 
Pessoalmente gosto muito deste texto, não somente pela lógica de suas palavras, mas pelo caminho que é aberto dentro do nosso "sentir" mais profundo.
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Não apenas as pessoas mais idosas mas também jovens fazem a experiência de que tudo está se acelerando excessivamente. Ontem foi Carnaval, dentro de pouco será Páscoa, mais um pouco, Natal. Esse sentimento é ilusório ou tem base real? 
Pela ressonância Schumann se procura dar uma explicação. O físico alemão W.O. Schumann constatou em 1952 que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera, cerca de 100 km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7, 83 pulsações por segundo. 
Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as formas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dotados da mesma frequência de 7,83 hertz.
Empiricamente fez-se a constatação de que não podemos ser saudáveis fora dessa frequência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas submetidos à ação de um simulador Schumann recuperavam o equilíbrio e a saúde. Por milhares de anos as batidas do coração da Terra tinham essa freqüência de pulsações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80, e de forma mais acentuada a partir dos anos  90, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo. 
O coração da Terra disparou. Coincidentemente, desequilíbrios ecológicos se fizeram sentir: perturbações climáticas, maior atividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real nesse transtorno da ressonância Schumann. 
Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço a ser pago pela biosfera e pelos seres humanos. Aqui abre-se o espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários, ora dramáticos, com catástrofes terríveis, ora esperançosos, como a irrupção da quarta dimensão, pela qual todos seremos mais intuitivos, mais espirituais e mais sintonizados com o biorritmo da Terra. 
Não pretendo reforçar esse tipo de leitura. Apenas enfatizo a tese recorrente entre grandes cosmólogos e biólogos de que a Terra é, efetivamente, um superorganismo vivo, de que Terra e humanidade formamos uma única entidade, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais. Nós, seres humanos, somos Terra que sente, pensa, ama e venera. Porque somos isso, possuímos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas ressonantes Schumann. 
Se queremos que a Terra reencontre seu equilíbrio, devemos começar por nós mesmos: fazer tudo sem estresse, com mais serenidade, com mais harmonia, com mais amor,  que é uma energia essencialmente harmonizadora. Para isso importa termos coragem de ser anticultura dominante, que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos. Precisamos respirar juntos com a Terra, para conspirar com ela pela paz.
(Leonardo Boff)

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