segunda-feira, outubro 26, 2009

RECADO


Dando continuidade ao relato anterior a respeito ainda do que experimentei nos 10 dias de tratamento com o REIKI.
Quando minha mãe estava ainda internada em estado terminal, no quarto havia uma senhora de quase 90 anos. Ela passava muitas horas em sono profundo e já demonstrando aquela postura fetal. Os familiares quase sempre a sua volta, nem sempre conseguiam conversar com ela.

Em certa ocasião, logo após os familiares terem ido embora, ela despertou, e fiquei observando seu sorriso espontâneo, olhos espertos e brilhantes me fitaram, eu cumprimentei-a pelo apelido familiar e ela respondeu com um sorriso que transmitia uma grande ternura, rapidamente ela entrou no sono novamente.

Tempos depois eu soube que ela era espírita e adorava ler as obras de Kardec.
O tempo foi passando, minha mãe necessitou de maiores cuidados, pois já estava se desligando do corpo físico. A senhora que com ela estava no quarto fora removida para outro, uma prática bastante comum para que os familiares do outro paciente não ficassem observando as últimas horas da passagem de minha mãe. Então apenas em alguns momentos quando eu ia esticar as pernas pelo corredor encontrava eventualmente uma das filhas dessa senhora e ficávamos ali nos confortando por alguns momentos.
Minha mãe fez sua passagem e após dois meses soube da passagem daquela senhora, por ocasião do convite para seu velório. Isto se deu como já disse entre o final do ano de 98 e inicio de 99.
No decorrer do meu tratamento, meu terapeuta comentou ter visto algo muito interessante e descreveu a fisionomia de uma senhora junto a um lugar muito bonito com muita luminosidade e plantas, e que aquela imagem permaneceu do início ao final do REIKI que em media durava aproximadamente 1 hora.
No dia seguinte novamente ele a percebeu e então eu procurei tentar visualizar já que parecia querer dizer alguma coisa a nós.
Pelos dias que se seguiram, consegui visualizá-la mentalmente e a reconheci, era aquela senhora de sorriso meigo, terno que me disse o seguinte:
“Diga para os meus que não estou naquele buraco. Estou muito bem e feliz.”
“Diga a eles que mando um grande beijo ao meu neto postiço Alexandre”
Durante alguns dias pensei muito no que fazer e se deveria procurar seus familiares e dar o recado, confesso que foi um dilema. Porém todas as noites durante a sessão de Reiki, lá estava ela nos observando sempre com aquele sorriso meigo e entendemos eu e meu terapeuta que enquanto eu não desse aquele recado ela se faria presente.
No dia seguinte peguei o telefone e buscando palavras mais adequadas, fui relatando a sua filha o que ocorrerá. Para minha surpresa quando mencionei o nome do “neto postiço”, ela sorriu e disse, que lindo, pois ela teve dois netos postiços com este mesmo nome, já que fora casada duas vezes, e completou, um deles era mais chegado a ela.
Fiz a minha parte, missão cumprida. Ela foi vista naquela noite e depois nunca mais.
Então comecei a compreender que não interessa se somos meros pacientes ou terapeutas, nossa mediunidade é uma disposição orgânica, não está ligada a esta ou aquela doutrina ou religião, tão pouco a qualquer técnica. Então o que podemos evidenciar que o fato ocorrido não se tratava de REIKI, mas sim do que o REIKI poderá desencadear já que ele ativa nossos centros energéticos e lhes conferem equilíbrio.
O meu terapeuta interessava-se pelo espiritismo, mas ainda estava nas primeiras leituras e ficou intrigado com relação ao motivo pelo qual ele só conseguia perceber estas ocorrências quando estava tratando-me. Ele depois confessou que chegou a ligar para sua instrutora de REIKI a fim de compreender melhor o que ocorria. Ela lhe disse que eu seria um canal mediúnico já mais trabalhado e que era natural isto possibilitar e despertar a sensibilidade dele que entrava através do REIKI no mesmo padrão vibratório que o meu. Também podemos concluir que no caso do meu terapeuta, ele apenas questionava o que o seu intelecto, sua razão ainda não compreendera, no entanto quando dentro daquele padrão vibratório essa compreensão era muito obvia, e se por um lado eu estaria cada vez mais interessada pelo Reiki, da parte dele, ocorria um grande despertar para trabalhar com sua mediunidade e procurar entender melhor o Espiritismo.
É muito prazeroso poder evidenciar essa constante troca que fazemos. Por isto fica também mais evidente que aquele que ensina muitas vezes troca de lugar com seu aluno, aquele que doa, acaba recebendo e que se nos permitirmos, estaremos sempre no lugar certo e na hora certa e que nada nos chega pelo acaso. Somos todos aprendizes! E isto me remete novamente a importância maravilhosa do autoconhecimento.
Bem depois disto era inevitável que meu interesse fosse ficando cada vez maior e com isto procurei o curso de iniciação ao REIKI.
Na próxima oportunidade, vamos falar da Sintonia e de algumas outras experiências.
Paz profunda a todos os seres!

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