Qualquer pessoa que more ou tenha passado férias um pouco mais prolongadas no litoral brasileiro sabe bem os efeitos das marés principalmente se existir construções próximas da linha d´àgua.
Eu passei quase todas as férias de infância no litoral, sei bem o que é a força das marés e por curiosidade fui pesquisar sobre esse fenômeno e deparei-me com esta matéria.
Com base neste artigo, não restam dúvidas que o mar está elevando seu nível.
O restante que podemos concluir deixo a você leitor.
De tudo isto devemos lembrar que o Aquecimento Global é um fenômeno cíclico natural e que, segundo especialistas irá durar por volta de 1000 anos, e que mesmo depois deste período ainda haverá impacto pois os oceanos continuarão com suas aguas quentes por muitos anos.
O que até então causava especulação é se o homem contribuiu para acelerar este processo e pelo que é informado pelas investigações científicas este dado é positivo e que devemos reduzir ao máximo nossas emissões de CO2. No entanto, também segundo cientistas, mesmo que as emissões fossem agora zeradas, ainda assim o processo cíclico irá continuar pelo período já informado.
Quem desejar conferir basta entrar no site http://www.wsws.org/pt/2009/apr2009/por3-a14.shtml
Por Dan Brennan
14 de abril de 2009
Publicado originalmente em inglês em nosso site em 2 de Abril de 2009
Uma conferência de cientistas e acadêmicos que se reuniu em Copenhagen entre 8 e 10 de março emitiu advertências preocupantes sobre o rápido ritmo das mudanças climáticas e, em particular, sobre a crescente ameaça da elevação do nível do mar. Em uma declaração foi anunciado que "observações recentes confirmam que, em virtude das elevadas taxas das emissões observadas, o pior cenário dos casos do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas] está se realizando". A conferência foi convocada para avaliar os desenvolvimentos científicos desde o último IPCC resumir o estado da ciência climática, em 2007.
A elevação do nível do mar está entre as ameaças mais graves associados à mudança climática. Com o aumento dos mares vem a crescente vulnerabilidade a tempestades extremas e a diminuição da disponibilidade de água doce, conforme a água salgada adentra os estuários e águas subterrâneas. Essa vulnerabilidade é agravada pela falta de planejamento e pela preparação para acompanhar as grandes migrações humanas para o litoral.
O mais marcante é a dimensão dessa ameaça. O Programa Ambiental das Nações Unidas estima que 145 milhões de pessoas correm risco no caso de uma elevação de 1metro (3,3 pés) no nível do mar. Três quartos das populações vulneráveis vivem ao longo do Mekong, Ganges, e outros mega-deltas asiáticos, muitos já sofrendo o flagelo da pobreza.
O aquecimento global influencia o nível do mar em duas formas primárias. Primeiro, o aumento da temperatura do oceano diretamente expande o volume de água nos nossos oceanos. Esse processo, bem entendido, tem sido um fator determinante no aumento do nível do mar observado ao longo do século passado (média global de cerca de 20 cm de aumento desde 1880).
Segundo, através do derretimento ou do desprendimento de gelo terrestre e seu subseqüente fluxo aos oceanos. Gelo terrestre inclui formações glaciais e camadas de gelo. As camadas de gelo da Groenlândia e Antártica, que contêm vastas reservas de água, são significativas para o futuro do nível do mar, mas o seu comportamento e interação com o sistema climático é incerto.
Note que o derretimento do gelo do mar, como o que assistimos no Ártico, não tem um impacto significativo sobre o nível do mar, porque o gelo já está submerso.
Dr. Eric Rignot, principal cientista para o Radar da Seção de Ciência e Engenharia da NASA no Laboratório de Propulsão a Jato, resumiu estes resultados na conferência: "As camadas de gelo na Groenlândia e Antártida já estão contribuindo para uma elevação cada vez mais rápida do nível do mar, muito além do previsto. Se essa tendência continuar, provavelmente testemunharemos o nível do mar subir um metro ou mais por volta de 2.100."
Sem a devida adaptação, as conseqüências podem ser devastadoras para enormes seções da humanidade.
As advertências dos cientistas e acadêmicos durante a conferência de Copenhagen visaram principalmente os governos nacionais, que se reunirão na mesma cidade em novembro deste ano para tentar negociar um sucessor ao tratado de Kyoto. A rápida taxa de progressão e a grande magnitude da elevação do nível do mar, mais do que nunca demonstram a urgência de uma ação coordenada interncaional para conter o aquecimento global.
No entanto, essa ação coordenada não pode ser levada a cabo pelos governos burgueses. Apesar do consenso científico por ações drásticas, as perspectivas para essa resposta são pequenas. As negociações climáticas acontecerão em meio ao aprofundamento da crise capitalista. Os crescentes antagonismos internacionais gerados pelo colapso econômico e financeiro global ameaçam transformar tal reunião em pouco mais do que um fórum para as nações capitalistas persuadirem uma maior vantagem econômica sobre seus rivais.
[traduzido por movimentonn.org]"
Uma conferência de cientistas e acadêmicos que se reuniu em Copenhagen entre 8 e 10 de março emitiu advertências preocupantes sobre o rápido ritmo das mudanças climáticas e, em particular, sobre a crescente ameaça da elevação do nível do mar. Em uma declaração foi anunciado que "observações recentes confirmam que, em virtude das elevadas taxas das emissões observadas, o pior cenário dos casos do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas] está se realizando". A conferência foi convocada para avaliar os desenvolvimentos científicos desde o último IPCC resumir o estado da ciência climática, em 2007.
A elevação do nível do mar está entre as ameaças mais graves associados à mudança climática. Com o aumento dos mares vem a crescente vulnerabilidade a tempestades extremas e a diminuição da disponibilidade de água doce, conforme a água salgada adentra os estuários e águas subterrâneas. Essa vulnerabilidade é agravada pela falta de planejamento e pela preparação para acompanhar as grandes migrações humanas para o litoral.
O mais marcante é a dimensão dessa ameaça. O Programa Ambiental das Nações Unidas estima que 145 milhões de pessoas correm risco no caso de uma elevação de 1metro (3,3 pés) no nível do mar. Três quartos das populações vulneráveis vivem ao longo do Mekong, Ganges, e outros mega-deltas asiáticos, muitos já sofrendo o flagelo da pobreza.
O aquecimento global influencia o nível do mar em duas formas primárias. Primeiro, o aumento da temperatura do oceano diretamente expande o volume de água nos nossos oceanos. Esse processo, bem entendido, tem sido um fator determinante no aumento do nível do mar observado ao longo do século passado (média global de cerca de 20 cm de aumento desde 1880).
Segundo, através do derretimento ou do desprendimento de gelo terrestre e seu subseqüente fluxo aos oceanos. Gelo terrestre inclui formações glaciais e camadas de gelo. As camadas de gelo da Groenlândia e Antártica, que contêm vastas reservas de água, são significativas para o futuro do nível do mar, mas o seu comportamento e interação com o sistema climático é incerto.
Note que o derretimento do gelo do mar, como o que assistimos no Ártico, não tem um impacto significativo sobre o nível do mar, porque o gelo já está submerso.
Dr. Eric Rignot, principal cientista para o Radar da Seção de Ciência e Engenharia da NASA no Laboratório de Propulsão a Jato, resumiu estes resultados na conferência: "As camadas de gelo na Groenlândia e Antártida já estão contribuindo para uma elevação cada vez mais rápida do nível do mar, muito além do previsto. Se essa tendência continuar, provavelmente testemunharemos o nível do mar subir um metro ou mais por volta de 2.100."
Sem a devida adaptação, as conseqüências podem ser devastadoras para enormes seções da humanidade.
As advertências dos cientistas e acadêmicos durante a conferência de Copenhagen visaram principalmente os governos nacionais, que se reunirão na mesma cidade em novembro deste ano para tentar negociar um sucessor ao tratado de Kyoto. A rápida taxa de progressão e a grande magnitude da elevação do nível do mar, mais do que nunca demonstram a urgência de uma ação coordenada interncaional para conter o aquecimento global.
No entanto, essa ação coordenada não pode ser levada a cabo pelos governos burgueses. Apesar do consenso científico por ações drásticas, as perspectivas para essa resposta são pequenas. As negociações climáticas acontecerão em meio ao aprofundamento da crise capitalista. Os crescentes antagonismos internacionais gerados pelo colapso econômico e financeiro global ameaçam transformar tal reunião em pouco mais do que um fórum para as nações capitalistas persuadirem uma maior vantagem econômica sobre seus rivais.
[traduzido por movimentonn.org]"
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